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2 de abril de 2010

Boas maneiras no veterinário por Célia Ribeiro / Good manners at the vet by Celia Ribeiro



Os cachorrinhos de estimação proporcionam não só uma boa companhia e muitas alegrias, mas também preocupações aos seus amorosos donos a ponto de manterem com os veterinários uma relação profissional sem limites. Exemplos? Uma cliente telefona ao seu veterinário, sábado, às 19h, queixando-se que o poodle está com diarreia faz seis dias e não há jeito de melhorar. Tem alguma sugestão doutor?, pergunta ela, aflita.

“Há várias sugestões a serem dadas”, responde o veterinário, citando alguns medicamentos. “Mas por que ainda não levou o cão ao consultório? De momento não posso atender, quem sabe procura uma clínica que esteja de plantão sábados à noite”, sugere.

Outro cliente liga no meio da tarde para a clínica contando que o pet está com umas feridinhas. Ele passou a pomada usada com sucesso no cão da vizinha, mas nada adiantou. “O que acha então que se deve fazer?”, pergunta ao veterinário. Como profissional cuidadoso, o doutor responde que, sem ver a infecção dermatológica do cachorro, é difícil diagnosticar – e muito menos receitar.

Nas clínicas, chegar com o cão solto, sem coleira, é falta de limites. Se for um machinho, vai urinar em todos os cantos, marcando território. Da mesma forma como há mães que diante dos filhos fazendo arte num consultório nada dizem, donas de pets que saltam e latem sem parar não tentam aquietá-los, mesmo enquanto o veterinário faz perguntas para a entrevista que dará subsídios ao diagnóstico, não conseguindo ouvir o que ela diz.

Convenhamos que algumas dessas cenas lembradas aqui são vistas com frequência nas relações entre médicos e seus clientes racionais.
Fonte: Blog da Célia Ribeiro