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5 de setembro de 2010

Moda Pet ganha o mundo




Eles têm brinquedinhos espalhados pelos quatro cantos casa, fazem estripulia em cima dos móveis, bagunçam por onde passam e pedem comida a todo momento. Não estamos falando de crianças - embora muitos os tratem como filhos -, mas sim dos pets, que alcançaram o status de ‘humano'' e tornaram-se, definitivamente, um integrante da família.

Além das regalias típicas de um filho caçula, esses bichinhos estão ganhando cada vez mais espaço: agora até no guarda-roupa. Isso porque a moda para bichos de estimação tem crescido e segue a tendência da humana, inspirada nos principais desfiles, inclusive da Europa.

A diretora comercial da Bichinho Chic Cirlei Cunha explica que toda a coleção é confeccionada com cores e estampas que serão usadas nas próximas estações. "A gente precisa fazer uma coisa bonita para o cachorrinho e que agrade os olhos do dono."

Nem por isso a preocupação com o conforto do animal é deixada de lado. Quando uma peça está para ser criada, usam como manequins os próprios cachorros, que mostram ou não se ficam confortáveis.

O tecido utilizado, segundo Cirlei, é próprio para crianças, para que não cause alergia nos pets. O tamanho das roupas varia de zero a sete (desde filhote até cachorro de porte médio) e de zero a dez (para porte grande, como o rottweiler).

Diferenciados
Não pense que só blusinhas e camisetas são os artigos mais comprados pelos proprietários. Cirlei já teve de confeccionar até mesmo uma fantasia para a cachorra de um cliente usar durante a festa de aniversário da filha. O modelito escolhido? Judoca.

Outro look bastante requisitado - sob medida - é o vestido de noiva e o fraque do pretendente. "Temos até uma cliente que tem uma gata com o guarda-roupa com nossa coleção completa", acrescenta Cirlei. Os preços variam de R$ 50 a R$ 150.

Existe também o mercado de luxo. Nele são vendidos roupas com cristais Swarovski, pérolas, cristais tchecos e até banhadas a ouro. Segundo a proprietária da Lisbela Pet Store, Natasha França, a mais vendida é a coleira com cristais.

Em sua loja também são comercializadas peças e roupinhas para outros animais como coelho, ferret, chinchila e porquinho da Índia, além dos cães e gatos, é claro. "Temos vários modelos disponíveis, mas os clientes mais exigentes pedem roupas e acessórios sob medida", conta.

Natasha já chegou a fazer uma coleira para um golden retriever - que foi pajem no casamento da dona -, com cinco voltas no pescoço cravejada de cristais. O investimento? R$ 450.

Fonte: Diário do Grande ABC

O Mercado
De olho no crescimento acelerado do mercado mundial de produtos pet, que movimenta cerca de US$ 73 bilhões por ano, a ordem é ser criativo. Pet shops inovam com produtos diferenciados, como esmaltes e refrigerantes, salões de beleza para animais oferecem novos tipos de banhos, tosas e secagem de pêlos, com produtos importados de alto nível e serviços de entrega. Os estabelecimentos faturam até R$ 200 mil por mês. O Brasil tem hoje o segundo maior mercado pet do mundo, perdendo apenas para os Estados Unidos.

Segundo dados da Associação Nacional de Fabricantes de Produtos para Animais de Estimação (Anfalpet), o Brasil tem estrutura e capacidade de produção para ser também o segundo maior exportador de artigos do segmento, com US$ 4 bilhões ao ano. O potencial de exportação dos produtos é de US$ 15 bilhões – no ano passado, ficou em US$ 250 milhões, ou seja, ainda falta muito para alcançar o potencial. Também 2009, o mercado brasileiro movimentou R$ 9,6 bilhões e a estimativa da Anfalpet é que apresente um crescimento de até 5% este ano.

No quesito luxo, o mercado pet do Brasil também tem muito a crescer. Pesquisa realizada pelo portal WebLuxo revela que apenas 5,5% do mercado brasileiro é composto por produtos mais caros. Os mais vendidos são coleiras, roupas, bebedouros e casinhas.

Pensando além do luxo e priorizando o conforto para o animal e seu dono, a empresária Débora Regina da Silva Azevedo abriu há dois meses o Baby Dog, pet shop móvel, com serviços de banho e tosa. Débora Azevedo investiu R$ 100 mil numa van equipada, que vai até a casa do cliente com hora marcada. “Oferecemos banho quente aos animais, na porta da casa dos donos, com toalhas higienizadas, que não são reutilizadas, shampoos, comésticos e equipamentos importados”, ressalta. O banho com tosa higiênica custa de R$ 25 a R$ 40, variando de acordo com o porte do animal, e, segundo a proprietária do Baby Dog, a demanda é de cerca de 10 clientes por dia.

A professora Irma Penha Alvarenga Miranda tem dois cachorros e é cliente do Baby Dog desde o surgimento do serviço. “Posso acompanhar o banho do animal sem sair de casa. Meus cães tomam banho toda sexta-feira e gasto em torno de R$ 400 por mês com eles.”

Paula Ferraz de Andrade, proprietária do Dog Shop, localizado no Bairro Buritis, está há 25 anos no mercado BH e conta que o volume de vendas aumenta pelo menos 12% a cada ano. “Produtos pets representam 80% do meu faturamento, mas procuro sempre inovar nos serviços de banho e tosa. Há grande demanda por cosméticos, como shampoos e colônias, que custam cerca de R$ 20, e rações terapêuticas, que custam até R$ 280.”

Paula de Andrade abriu recentemente a Cat Shop, no Bairro Funcionários. Segundo a empresária, o mercado para gatos tem crescido pelo menos 20% ao ano. “Os produtos mais vendidos são o arranhador de unha, que custa até R$ 400, fontes de água para os gatos, que saem a R$ 292,50, além de camas, casinhas e adesivos para colar nos pêlos”, conta.


No Faro Fino, a demanda pelos serviços aumentou em 25% em relação ao ano passado. De acordo com a gerente, Paula Gonçalves, a loja oferece penteados que custam até R$ 45, hidratações, que variam de R$ 10 a R$ 25, tosas, que saem de R$ 40 a R$ 75, além de escovações de dentes e lixações de unhas.
 
Fonte: Uai.com.br