O jornal israelense 'Maariv' pediu desculpas pela publicação de uma notícia que admitiu ser falsa, a de que um tribunal judaico de Jerusalém havia condenado um cachorro à morte por apedrejamento.
A notícia, publicada pelo jornal na sexta-feira, foi depois amplamente divulgada pela imprensa israelense e internacional, inclusive a BBC Brasil.
Na retratação, o jornal citou o responsável pelo tribunal que trata de assuntos financeiros do bairro de Mea Shearim, Yehoshua Levin, dizendo que 'não há base na lei judaica para abuso de animais'.
O tribunal emitiu um comunicado dizendo que um cão entrou no recinto, mas negou que ele tenha sido condenado.
Protestos
A reportagem original afirmou que o cachorro havia entrado e permanecido por semanas no tribunal, composto por rabinos, o que fez um juiz lembrar de uma maldição imposta a um advogado secular, já morto.
Ainda segundo o artigo, na ocasião, há cerca de 20 anos, os juízes do tribunal do bairro desejaram que o espírito do advogado entrasse no corpo de um cão, animal tido como impuro no judaísmo tradicional, depois que ele proferiu insultos à corte.
A reportagem disse que o animal teria conseguido fugir.
A notícia falsa gerou protestos de associações de defesa dos direitos dos animais.