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2 de julho de 2011

Série: Como ter cachorros e crianças convivendo em Harmonia – Filhotes e Crianças



Se você pretende adotar/comprar um filhote, tendo já uma criança em casa, esse texto é seu. Não é comum ouvirmos por ai que cachorros fazem muito bem ao desenvolvimento da criança, seja no âmbito intelectual ou no social. Essa relação é ainda mais forte quando o cão é introduzido desde pequeno no grupo familiar. Isso se deve porque os filhotes apresentam em sua fase de crescimento o que nós chamamos de período de socialização. É nesse estágio que o cãozinho estabelece suas relações sociais.
Entre dois e três meses de idade, as conexões neurais estão completas e o filhote está pronto para aprender as coisas do mundo. Imagine que até essa idade, se estivesse em uma matilha, tudo que se aproximasse seria com o consentimento dos mais velhos e não apresentaria perigo. Depois, o cachorrinho começa, para a própria sobrevivência, a ficar mais desconfiado e atento às suas investigações. (Alexandre Rossi)
Nesse período canino é imprescindível que traumas não aconteçam. Porque o que é que aconteça aqui estabelece um padrão geral que afetará quase tudo em sua vida.  Então vimos que se a relação entre criança e filhote for harmônica desde o principio o conseguinte será muito mais fácil de manejar.  

O Consentimento
Como dito na introdução, crianças com menos de cinco anos de idade não devem, por relações de segurança para com o filhote, ter um cachorro. Isto se deve porque ela não tem o discernimento entre brinquedo – filhote e acaba o machucando. Se esse for o seu caso máxima cautela é necessária. Para mais as crianças devem sim ser consultadas sobre o novo integrante da família, já que posteriormente regras serão estabelecidas para o convívio em harmonia. Regras que o pequeno pode não querer acarretar. Além disso, os pais precisam ficar atentos há alguma modificação de comportamento após a chegada do seu novo integrante. Não é comum, mas alguns podem se sentir menos “paparicados” após a novidade.
É necessário que haja um entendimento entre pais e filhos para estabelecer as regras. Elas não podem jamais ser impostas. Alem disso as responsabilidades não podem ser inteiramente do pequeno já que a sua relação deverá ser exclusivamente de respeito e amizade.
(...)E a criança não deve assumir todas as responsabilidades sobre o cachorro, pois desta maneira as atividades entre os dois ganharão conotação de obrigação e a criança deixará de usufruir e ter um prazer natural com o seu amigo e companheiro. A missão da criança a principio deve ser cuidar para que seus brinquedos não fiquem ao alcance do cachorro para não correr o risco de que o cachorro os danifique ou destrua. (CachorrosBlogs)
O Poder da educação
A questão aqui não é se intrometer na educação familiar, mas é muito importante que ela saiba como agir em algumas situações que ocorrerão, ou poderão ocorrer, no convívio entre os dois.  Os pais devem ensinar a fazer o carinho sem machucar, segurar e respeitar o cachorro. Sempre de forma branda para que o filhote não seja responsabilizado por alguma “bronca” que por vezes poderá acontecer.
Um conselho valioso para vocês, leitores com crianças a partir de nove anos, é fazê-la participar dos passeios diários, banhos e recolhimento das fezes para que ela desenvolva o senso de responsabilidade e zelo. Esse exercício torna-se muito valioso para que ele entenda os valores a cerca dos animais. Praticar exercícios de adestramento é outra maneira de envolvê-los de forma harmoniosa e ensinar o filhote a respeitar também a criança como o seu líder. Lembre-se que o filhote tem menos energia em relação ao adulto e os pais tem que controlar o nível de estimulo das brincadeiras. 
O que deve ser ensinado
·         Não grite perto do cão
·         Não trate o filhote como brinquedo
·         Não agarre/aperte o cão
·         Não o deixe morder, mesmo que de brincadeira
·         De maneira alguma agrida o filhote
·         Não deixe o cão pular em cima da criança
 Os filhotes e as mordidas
A fase de socialização do filhote é também aquela que ele começa a explorar seu território e brincar com seus irmãozinhos e também do nascimento dos dentes. Essas brincadeiras serão em forma de mordidas, montas, correrias e latidos. O filhote deve ser educado e sempre supervisionado para não machucar, uma vez que suas brincadeiras podem ser um pouco bruscas.
Quando estamos tratando de um filhote, é fundamental lembrarmos que ele brinca com as crianças da casa da mesma forma que brincava com seus irmãos de ninhada. E as mordidas aí surgem naturalmente, sem nenhum contexto agressivo. Para piorar este quadro, ainda temos crianças que se deixam ser mordidas como o “preço” por brincar com o cão. Nem uma coisa, nem outra! Essas mordidas não devem ser encaradas como sinal de agressividade da parte do cão, mas nem por isso devem ser toleradas. É preciso educar este cão a não morder, e ao mesmo tempo devem-se orientar as crianças a não se deixarem morder. Muitas vezes essas crianças falam que não se incomodam, mas isso não deve ser permitido. (Dog Times)
Além disso, o filhote pode morder como forma de autodefesa de certos apertos que uma criança desajeitada propicia. Como já dito é dever dos pais conscientizar a criança que o cachorro não é um brinquedo e que sente dor. Por mais é aconselhável que todo o convívio entre os dois seja supervisionado.  
É isso, sugestões, criticas e elogios são muito bem vindos. Qualquer dúvida é só latir.
O próximo texto da série sai quarta-feira dia 13/07/11. Até lá! Aperte na Tag ou na imagem "Cachorros e Crianças" para ver mais...