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18 de abril de 2010

Pet Fashion week Acontece pela 1ª vez em São Paulo

  


    A expressão vida de cão precisa ser revista. Já vai longe o tempo em que o animal dormia numa romântica casinha de cachorro feita de tábuas. Agora, existe a Pet Arquitetura, que reforma a casa do dono para que ela se adapte à mascote. Roupinhas compradas na pet shop da esquina? Nem pensar. Grifes de nome lançam produtos especiais para os peludos, com preços que podem chegar a R$ 1.200 por um casaquinho de couro (como o da foto ao lado). Se, apesar disso tudo, o cão ainda estiver estressado, pode fazer uma sessão de ofurô com sais relaxantes e sair com um belo sorriso – perfeito, por causa de um aparelho ortodôntico canino.
Isso tudo faz parte do processo de “humanização” dos cães e de sua elevação ao posto de protagonistas de uma onda de consumo que já tornou o Brasil o segundo maior mercado pet do mundo, de acordo com a Associação Americana de Fabricantes de Produtos Pet. Com US$ 9 bilhões movimentados por ano, perde apenas para os Estados Unidos.



Com isso, o país é alvo de uma onda de lançamentos de produtos e serviços inusitados para cães. O desfile de utilidades – e futilidades – é imenso. E inclui um desfile literal. São Paulo sediará neste mês a Pet Fashion Week, que funciona nos mesmos moldes das semanas de moda de humanos. Animais sobem na passarela, junto com modelos, e mostram as novidades.

Para agradar ao melhor amigo vale tudo. Até mesmo reformar a própria casa só para que ele fique bem. A arquiteta carioca Ana Flávia Ciuffo lançou a Pet Arquitetura, que promove reformas em pet shops ou no imóvel do dono para melhorar o ambiente para o cão. Até as lâmpadas são trocadas. “A temperatura dos cães é mais alta que a nossa, então você tem de usar lâmpadas mais frias”, diz ela.

Por falar em temperatura, e se o coisinha bonitinha da mamãe tiver febre? O plano de saúde para animais cobre a consulta. “Tenho dois cães, e um deles é tão sapeca que já caiu da laje três vezes. Então decidi fazer o plano”, diz a analista de marketing paulistana Debora Kussonoki, de 24 anos, que gasta R$ 180 por mês com os dois.

O brasileiro trata seu bichinho de estimação como se fosse da família. Uma pesquisa do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal mostrou que 23% dos donos de cães permitem que o animal durma em seus quartos. O exagero pode fazer mal ao bicho. Chamado para acalmar os “pitis” de cachorros de celebridades como Will Smith e Oprah Winfrey, o adestrador mexicano Cesar Milan afirma em seu livro O encantador de cães que, para o cachorro, a família que o acolhe é sua matilha. Se ele é tratado como rei, concluirá que é... o chefe da matilha. E aí o bicho pega. O animal surta e, nesse caso, nem uma coleira de ouro vai conter seu ímpeto.

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Assim como no mundo da moda, os pets também têm semanas de desfiles inteiramente dedicadas a eles. A Pet Fashion Week, que já acontece em Nova York há cinco anos e em Tóquio há dois, chega pela primeira vez ao Brasil. O evento ocorre em São Paulo, nos dias 24 e 25 de abril, no WTC Golden Hall, e apresenta novidades e tendências do setor, desfiles de moda pet, palestras com especialistas, trade shows, competição de tosa e exposições.


A Pet Fashion Week tem o objetivo de atender às necessidades e demandas das mais sofisticadas empresas e profissionais da indústria pet, oferecendo a oportunidade de apresentarem ao varejo seus produtos e inovações nos segmentos de moda, tosa e estilo de vida animal.


O mercado pet mundial cresce anualmente 12% e, de acordo com a Euromonitor International, movimenta cerca de US$ 65 bilhões. Só o Brasil, segundo colocado no ranking mundial deste segmento, movimenta mais de US$ 9 bilhões/ano entre alimentos, medicamentos, higiene, estética, centros de adestramento e hotéis para atender aos seus 48 milhões de pets.

Veja algumas das atrações da feira:

Trade Show – área exclusiva para marcas e profissionais do trade pet. São cerca de 40 expositores, entre nacionais e internacionais, que vão apresentar as novidades em roupas, acessórios e produtos para animais.

Desfiles – Serão dois desfiles no dia 24 de abril, um às 17h e outro às 20h, para convidados. Ao todo são nove marcas participantes, sendo seis nacionais e três internacionais. Cada uma deve desfilar entre cinco e oito looks sob o tema New York Street Styles, inspirado em importantes locais de Nova York, como a Quinta Avenida.

As grifes internacionais que vão apresentar as tendências são: a peruana Alqo Wasi, a americana Bullyware, a argentina Margoff, as canadenses Hartman & Rose e Romy and Jacob e a sueca Manfred of Sweden. E as nacionais são: Empório Animal, Inés e Pharo.

O público poderá conferir a transmissão da edição da tarde por meio de um telão instalado na área de visitação. O desfile noturno será beneficente, arrecadando doações para o Instituto Cão Guia Brasil.

Palestras – Alguns dos principais nomes do setor nos Estados Unidos lideram palestras sobre dermatologia canina, tosa, obediência e Pet Fashion Trends.

Competição de Tosa por Les Poochs – Os oito melhores tosadores brasileiros participam do concurso de tosa de poodles gigantes, nos dois dias da PFWSP. A cada dia, quatro profissionais mostram o seu talento.

Exposições – Looks caninos por grifes brasileiras, com a participação de estilistas como Glória Coelho, Global Pet Jackets by Manfred of Sweden e os finalistas do Fashion Institute Technology Awards.

Área de Convivência – aberta ao público para visitação, com exposição de produtos, Pet Store, Café Lounge, estandes dos principais parceiros do encontro e transmissão dos desfiles.


Fonte: R7