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4 de fevereiro de 2013

Cinomose Canina



Cinomose

A cinomose é uma doença viral que acometa os cachorros de forma violenta. A resistência do vírus é muito grande em baixas temperaturas. A cinomose é considerada altamente contagiosa no meio canino.

 

 

 
Agente causador
O vírus causador da cinomose é o CDV (Canine Distemper Vírus), transmitido através do ar respirado pelo animal ou de forma digestiva, através de alimentos e agua contaminados. È uma doença de ação aguda e febril. É principalmente encontrada em animais com menos de 1 ano e meio de vida. Mas podendo afetar animais que por um acaso não tiverem a vacina.
Sintomas da doença
Os sintomas dependem do estado imunológico do animal. E podem não ocorrer em uma ordem cronológica. Após um período de incubação de 4 a 7 dias, o vírus no sangue (viremia) causa aumento da temperatura corpórea (febre). Esta, caracteriza-se por uma curva febril chamada de duplo-pico, o que significa que após um breve aumento de temperatura acompanhada de indisposição e falta de apetite, a febre passa, mas após 5 a 6 dias em que o animal não apresenta febre, apresenta repentinamente novo pico febril, que se mantém durante todo o ciclo da doença. Logo em seguida aparecerem na pele e nas mucosas, erupções que evoluem para pústulas. (Veja a foto)
 
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Formas Clínicas
 
Cutânea: É a forma mais benigna da doença, quando os sinais comprovados são unicamente na pele (vesículas e mesmo pústulas), ou mucosas, aparecendo conjuntivites serosas breves, tendo evolução para cura rápida sem maiores complicações. Os animais vacinados que não adquiriram por alguma razão conveniente imunidade, em geral exteriorizam esta forma da doença.
Digestiva: O aparelho digestivo é o predominantemente afetado, com vômitos e diarreia, de início serosa para se tornar hemorrágica e purulenta em seu final.
Nervosa: Predominantemente sinais nervosos, com sintomas típicos de encefalite, como convulsão. Ocorre ainda contração localizada de um músculo ou grupo de músculos (tiques, espasmos), ataques caracterizados por movimentos de mastigação da mandíbula com salivação, que se tornam mais frequentes e graves. Observa-se ainda movimentos de andar em circulo e "pedalar", usualmente com micção e defecação involuntária.
Pulmonar: Inflamação da faringe e laringe provocando tosse, assim como da traqueia e dos próprios pulmões, ocorrendo pneumonia.
 
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Diagnóstico
diagnosticoAlém do histórico e da sintomatologia clínica, achados de exames laboratoriais confirmam o diagnóstico de cinomose.
 
Histopatológica: nas células ganglionares, no epitélio bronquial e no revestimento interno da bexiga são encontrados inclusões celulares características, denominadas histologicamente de Corpúsculos da Cinomose. Em geral, são vários os órgãos atacados no transcorrer dessa doença, muito raramente se constituindo apenas de encefalite pura.
 
 
 
Tratamento
É disponível o chamado Soro Hiper imune (Gama Globulinas específicas), associado aos antibióticos de largo espectro para combate das infeções secundárias concomitantes. Tratamento sintomático, como por exemplo controle do vômito, da gastrite e da conjuntivite que é também oportuno com a finalidade de ser evitado possível complicação como úlcera da córnea e mesmo panoftalmia.
 

Vacina
Imunização
A vacina contra a Cinomose deve ser aplicada de preferência nas fêmeas antes da cobertura, pois terão sua imunidade aumentada para que durante a gestação tenham a oportunidade de através da placenta conferirem a seus futuros filhotes uma razoável imunidade passiva.
 
Posteriormente ao parto, durante a amamentação, tal imunidade conferida pela vacina aplicada na mãe será transmitida aos filhotes recém-nascidos, pelos anticorpos contidos principalmente no primeiro leite, o colostro, protegendo então os filhotes contra a doença até que tenham idade suficiente para que possam ser imunizados com a mesma vacina.
 
A primeira dose da vacina deve ser aplicada nos filhotes 15 dias após o desmame, por volta de 45 dias de vida.
 
Revacinações anuais são também recomendadas, tanto aos filhotes quanto aos animais mais velhos susceptíveis de também virem a contrair a doença.
No caso de alguém que tenha perdido recentemente um animal pela doença, recomenda-se que um novo cão somente seja trazido para o mesmo ambiente contaminado após um período de tempo que permita, não apenas que o novo cãozinho tenha adquirido a imunidade necessária para sua proteção como também a desinfecção do ambiente contaminado.
 
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O curso da doença pode ser rápido (10 dias) ou se prolongar por semanas e/ou meses. Os animais que sobreviverem à Cinomose, poderão se recuperar normalmente, ou então, ter sequelas para o resto de suas vidas, tudo irá depender da gravidade da doença.

Fonte: Centervet