O assunto é polêmico. Digamos que é sabado a noite e você é convidado para se divertir em um pub local. Mas, você não está afim e apenas gostaria de ficar em casa cuidado do cachorro. A reação dos seus amigos é imediata mostrando que o seu amor pelo cão está afetando a sua vida social. Será que eles estão certos? Será que o seu amor por ele está te atrapalhando socialmente?
Já disse aqui algumas vezes que a humanização dos cães tendem a ser bastante prejudiciais a eles. Porém, não possamos esquecer que olhar para um cão como um humano pode ser prejudicial para nós também. No exemplo acima citado, muito provavelmente soa como uma desculpa para não sair de casa e o cachorro entrou de gaito na estória. Não diria que essa passagem pode ser exemplo para um “amor doentio” entre cães e humanos. Até porque, muitas pessoas preferem renunciar a uma noite, num bar barulhento a uma outra tranquila em casa .
Agora se você está renunciando quaisquer convites para boliche, bares, cinema, casas noturnas, entre outras atividades sociais para ficar com o seu cachorro pode haver um problema. "As pessoas podem ter relacionamentos não saudáveis quando perdem a objetividade", explica a pisciquiatra norte-americana Marty Tousley . "Mas isso depende da situação individual. "
Tousley observa que os laços humanos e animais não são saudáveis quando esperamos que que eles tomem o lugar de pessoas. Enquanto os nossos laços com animais são lindos e gratificantes , não devem suplantar o nosso desejo de estar com as pessoas.
Em um artigo a autora usa o exemplo de uma mulher que passou por relacionamentos mal sucedidos com homens, talvez um casamento fracassado ou dois. " Uma mulher pode achar que é mais seguro, mais fácil e mais emocionalmente gratificante se concentrar a sua relação com um animal de estimação, que nunca é exigente ou crítico e nunca iria deixá-la sentir-se rejeitada ou abandonada. Na verdade, ela estaria usando seu animal de estimação para mascarar sua próprios medos de intimidade e compromisso com os homens" , escreve Tousley .
Ela oferece seis pontos terapeuticos para considerar :
- Até que ponto você permite que o seu animal de estimação interferira com a vida diária.
- Se o seu animal de estmação tem afetado seriamente os relacionamentos importantes (cônjuge, amigos ou parentes) . Isto é diferente de simplesmente querer namorar com alguém que gosta de seu cão ou gato , onde você quer encontrar alguém que compartilha interesses e prioridades .
- Se você se relaciona com o seu animal de estimação para excluir relações com a família e amigos.
- Se você declina regularmente convites quando seu animal de estimação não está incluído.
- Se você passar a maior parte do seu tempo pensando no seu cachorro, com a exclusão de outros assuntos (tais como a sua própria saúde) .
- Se você acha que não pode viver sem o seu animal de estimação.
- Este último ponto é muito importante porque a maioria de nós vai viver mais do que os cachorros. Uma pessoa que é co- dependente de seu “melhor amigo” pode sofrer depressão debilitante quando o cão morre.
Analise esses pontos friamente e então responda: Você o ama demais? Qual a sua opinião sobre isso?
Fonte: petplace.com