Após falarmos sobre as teorias e sintomas da ansiedade de separação bem como entender o cães que sofrem do problema. O texto a seguir diz respeito como diminuir a ansiedade de separação nos cães.
Antes de iniciar o conceito de tratamento aos cães ansiosos prefiro, caso não o tenha feito, que leia os dois primeiros textos – Teorias e sintomas e Entenda o seu cachorro. De n
ada adianta saber fazer algo sem entender minimamente o que está fazendo.
Para diminuir a ansiedade de separação nos cães você deve seguir 4 passos:
- Modificar o comportamento humano;
- Recuperar a confiança do cão;
- Equilibrar o cachorro fisicamente;
- Dessensibilizar o cachorro
Modificando o Comportamento Humano
Diminuir a ansiedade de um cachorro é uma tarefa fácil, porém, ardilosa. Independente da teoria 1 ou 2 [texto 1] os sintomas apresentados são os mesmos, bem como o seu tratamento. No geral, cachorros que sofrem de ansiedade de separação tem em sua maioria o espelho humano o seu maior incentivador, ou seja, nós.
Em primeiro lugar, talvez seja importante, nesse caso, ver como nós nos comportamos diante dos cães e com os cães. Para eles, no seu dicionário, conversar em tom elevado, correrias e brigas são alterações de comportamento não naturais os deixando facilmente ansiosos. Aquele velho ditado “o cachorro é o reflexo do seu dono” nunca valeu tanto como para esse caso. Portanto a primeira dica obrigatória é fazer um check-list do nosso próprio comportamento diante dos peludos. Se dirigir ao cachorro sempre em tom baixo e calmo é essencial tanto para manter baixa a ansiedade quanto para um adestramento efetivo.
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Recupere a confiança do seu cachorro
Para nós a confiança vem das experiências. Conhecer novas pessoas, conversar e interagir com pensamentos antagônicos e novas culturas é inegavelmente um exercício mental indefectível para se desenvolver um “humano” independente. Quanto mais experientes, mais confiantes ficamos certo? Bem, para os cães a premissa é a mesma e o seu intercâmbio social é o exercício físico, o passeio. Quando alguém tem a necessidade de fazer algo por vocação e é impossibilitado de fazer, fica, muito provavelmente ansioso. Nada de diferente acontece com os cães. Entenda que fornecer exercícios físicos diários é fornecer doses e doses diárias de confiança para eles. Além disso, o convívio com os seus semelhantes, seja numa creche animal, companheiros de tutores ou encontros entre vizinhos, ajudam o cachorro a aliviar o estresse diário resolvendo problemas de confiança e de quebra equilibrando o seu cachorro fisicamente.
Cachorros que performam truques estabelecem uma relação muito saudável com os seus tutores. Pense em adestrá-lo.
Dessensibilize o cão – Passo a Passo
Se o seu cachorro sofre de ansiedade de separação você deve saber que os problemas acontecem muito antes da sua saída. Para dessensibilizar um cachorro com ansiedade de separação, depois de postas as dicas anteriores, devemos mostrar a ele que a ansiedade já não é mais necessária. Para isso faremos a técnica da dessensibilização sistemática que consiste em reproduzir um cenário conhecido pelo cachorro, porém com um final “feliz”.
Antes de aplicar a técnica, você deve identificar qual a movimentação conhecida pelo cão na qual ele começa a interagir de forma ansiosa. Essas movimentações são normalmente despedidas a residentes, barulho de chaves entre outros. Depois de identificado, procure fazer uma breve caminhada com o cachorro para diminuir a energia acumulada lhe ajudando a ter melhores resultados. Com o cachorro já descansado simule a “movimentação conhecida” pelo cão, mas não saia de casa. Volte para o sofá, espere 2 minutos e volte a simular a saída. Faça isso até o seu cachorro te ignorar. Tente sempre voltar para o sofá antes do cachorro apresentar sinais de ansiedade.
Se ele for daqueles que precisam estar com você em 100% do seu tempo, tente restringi-lo de chagar até você por pequenos períodos dentro de casa por 2,3,6,8,10 minutos sempre o ignorando tanto na ida quanto na volta (incluindo contatos visuais). É importante que o cachorro mostre evolução entre os intervalos e que você consiga voltar a ele antes da ansiedade do peludo florir. Procure fazer essas sessões com base na sua evolução. Nunca exige demais do cão. Paciência e consistência são a alma do negócio aqui. Nunca faça isso quando irritado ou minimamente alterado.
Depois que cão se acostumou a ficar sozinho dentro de casa está na hora de tentar a técnica saindo de casa. A premissa é a mesma, sempre de forma gradual, consistente e respeitando o cachorro. Porém, antes de sair, procure deixar uma teve ou rádio ligado para reduzir a síndrome de separação.
Para um tratamento efetivo, o cachorro não deverá ficar sozinho mais do que o tempo conquistado durante o tratamento. Lembre-se de sempre procurar um profissional e um médico veterinário para te auxiliar.
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