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Pastor Alemão em treinamento |
Confiança é a base do trabalho O sargento Antônio Luís da Costa está sempre ao lado de seu fiel companheiro Dick, um pastor alemão capa preta. Com quatro anos, o bicho obedece todas as ordens do treinador e mantém a calma entre desconhecidos. Esse comportamento, segundo o sargento, rendeu ao cão uma graduação na Sociedade Brasileira de Cães Pastores Alemães. O reconhecimento atesta que o cão é sociável e capaz, por exemplo, de ir à rua sem agredir ninguém.
Conforme o sargento Costa, Dick disputa hoje a liderança do canil entre os seus colegas. Desde que começou a atuar no policiamento, o cachorro participou de todas as operações.
Há cerca de dois meses, Dick e os outros cães ganharam um novo parceiro: um pequeno pastor alemão capa preta. O filhote ainda não ganhou um nome e tem forte potencial para ajudar no policiamento.
Cria de uma irmã de Dick com Max, outro capa preta, o cãozinho é ativo e brincalhão. Tanto que se destacou entre os irmãos e foi escolhido para integrar a equipe da BM.
– Cada treinador tem um cachorro porque cria-se um vínculo entre os dois, de confiança, proteção e amizade. A partir disso, você vai tirar coisas lindas dele, maravilhosas – emociona-se Costa.
Saiba como os cães aprendem a combater a criminalidade
TRILHA DE FORAGIDOS
1- No início dos exercícios, o treinador forma uma trilha com a pegada de uma pessoa. Sobre a trilha, é colocada comida para estimular o cão a seguir o caminho. Dessa forma cria-se uma situação agradável para o animal.
2- Com a evolução do aprendizado, a comida é retirada, deixando apenas o rastro da pessoa. O cão passa a seguir o rastro como forma de obter uma recompensa.
3- Em uma operação, ao encontrar um foragido, o cão é treinado para imobilizar o suspeito por meio da mordida, evitando a fuga.
DROGAS E EXPLOSIVOS
1- Duas caixas são colocadas separadas por pequena distância uma da outra. Uma das caixas tem o cheiro de uma droga ou explosivo. A outra não contém nada.
2- Quando o cão se aproxima da caixa com o odor da droga ou do explosivo, o treinador aciona um dispositivo com um sinal sonoro. Em troca, o cão recebe uma premiação. Quanto mais próximo o animal chegar da caixa, mais intenso será o sinal. O cão não tem contato com as substâncias.
4- Outra forma é colocar o odor em um brinquedo e estimular o animal a procurá-lo. Esse brinquedo será sua recompensa.
5- Em uma ação real, ao achar uma substância, o cão dá um sinal ao policial.
PROTEÇÃO
1- Preso pelo treinador, o cão observa o comportamento de um figurante devidamente protegido. Ele estimula o animal a latir porque isso dará mais energia ao bicho.
2- Ao receber o comando, o cão é solto e morde o figurante. Se a mordida for satisfatória, ele será recompensado.
4- Em uma ação real, o cão imobilizará um suspeito com uma mordida a partir do comando do policial. Ela só deixará de morder com ordem do policial.
5- Os cachorros também são treinados para agir de acordo com o comportamento de criminosos. Ou seja, o bicho não precisa de nenhum comando para se proteger e agir.
AGRESSÃO
1- A agressão consiste em estimular o cão a latir como forma de deixá-lo mais feroz para intimidar os agressores. Também serve para que o animal desenvolva uma mordida capaz de imobilizar suspeitos.
2- Preso pelo treinador, o cão é estimulado a latir. Quando responde com a emoção desejada, recebe a recompensa.
3- Uma das formas de aprimorar esse temperamento no filhote é fazê-lo observar seus companheiros mais velhos.
Fonte: Fonte: Sargento Antonio Luís da Costa e soldados do canil do 12º BPM
Canil
Para dar conforto aos cães, o 12º BPM conta com um moderno canil no quartel da corporação, no bairro Kayser. Inaugurado em janeiro, o espaço foi construído a partir de doações da comunidade. No total foram investidos R$ 330 mil, segundo o ex-comandante do 12º BPM, tenente-coronel Júlio César Marobin. A estrutura conta com sala de estar, auditório, depósito com alimentos para os cães, salas de banho e veterinária.
Pedigree
Todos os cães do 12º BPM têm registro de todo o histórico familiar. O pedigree é importante, pois a genética corresponde por 60% a 70% do rendimento. Mas a parceria entre o cão e o policial também é fundamental para que as ações ocorram de forma mais eficiente.
Fonte: ClicRbs