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19 de novembro de 2010

Cadelas são mais indicadas para localizar vítimas de deslizamentos



Os cães do canil do Corpo de Bombeiros são treinados especialmente para achar vítimas em situações como os deslizamentos que ocorrem em áreas de risco. Os animais aprendem a salvar vidas brincando, recebendo biscoitos como recompensa. Para esse trabalho, as fêmeas são as mais indicadas.
O SPTV 1ª edição exibe desde segunda-feira (8) a série "Cão Policial" sobre os cães que fazem parte do canil da Polícia Militar de São Paulo, que completa 60 anos em 2010. O treinamento feito com os cães capacita os animais para encontrar drogas e achar vítimas de desabamento.
Curiosos, sociáveis e dóceis. Esse é o perfil dos cachorros que trabalham com os bombeiros. Os animais não podem ser agressivos porque quando eles localizam uma vítima, eles não podem e não devem tocar e muito menos atacar a pessoa. “A vítima pode estar fora no nosso alcance de visão, mas pode estar aparente pra ele. Então se ele tocar na vítima, ou morder a vítima, vai causar uma lesão nela que a gente não quer”, explica o sargento Marcelo Garcia Dias.
O canil dos bombeiros fica no Ipiranga, na Zona Sul. São 12 cães entre labradores e pastores. Duas cadelas ficam no quartel do Tatuapé, na Zona Leste, e não é por acaso que o canil dos bombeiros prefere as fêmeas. “Você consegue exercer na cadela um adestramento mais fácil e ela tende a ser mais dócil, não tem a dominância do macho”, fala o sargento Everaldo Gomes da Silva.
Menina e Garota
As cadelas Menina e Garota estão na ativa há três anos. No começo de outubro, ajudaram a encontrar o dono de uma padaria que ficou debaixo dos escombros depois de uma explosão de gás em São Mateus, na Zona Leste.
Quando não tem ocorrências para atender, os animais treinam, em dias alternados, simulação de acidentes. Para isso, os bombeiros costumam utilizar galpões abandonados para treinamento de pessoas e cachorros.
Para deixar o cenário mais próximo do real, os bombeiros costumam colocar objetos que simulem a situação. “A gente coloca todas as nuances de uma ocorrência, tudo que o cão vai encontrar numa situação real”, com o tenente dos bombeiros, Luis Fernando Sanches Pessoa