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25 de janeiro de 2012

Série problemas neurológicos caninos | Epilepsia idiopática



Cachorro20100416114[1]

Continuando nossa série problemas neurológicos caninos, hoje vamos falar da Epilepsia idiopática que tanto falamos nos dois primeiros post’s da série.
Espero que seja bem útil para o que procura.






convulsoes neurológicos destaqueConceito
A Epilepsia Idiopática, outrora já denominada epilepsia primária ou epilepsia hereditária, ocorre quando surge unicamente a epilepsia, sem que haja qualquer lesão cerebral subjacente ou outros sinais ou sintomas neurológicos, para além das convulsões.  A epilepsia idiopática é muito menos comum no gato comparativamente ao cão e, ao contrário deste, no gato há pouca evidência de que haja uma componente genética.
A epilepsia Idiopática é mais comum nas raças como o Pastor alemão, Setter irlandês, Retrievers, Poodles e Dachshunds. Sendo que os cães de raças puras, geralmente, são os mais acometidos.
Os animais com epilepsia idiopática, exibem geralmente convulsões do tipo generalizado e tónico-clónicas( veja a definição do termo na citação a seguir), mas também podem ser do tipo focal com ou sem generalização secundária.
Crise tônico-clônica (antigo grande mal) é uma convulsão generalizada envolvendo duas fases. Na fase tônica o indivíduo perde a consciência e cai, tornando-se o corpo rígido. Na fase clônica os membros se repuxam e estremecem. Após a crise a consciência é recobrada lentamente. Se a crise tônico-clônica começa localmente (com uma crise parcial) ela pode ser precedida por uma aura. Essas crises são chamadas de secundariamente generalizadas. Embora as crises tônico-clônicas sejam as mais visíveis - um tipo óbvio de epilepsia - elas não são as mais comuns. As crises parciais são mais frequentemente encontradas e ocorrem em 62% de todos os pacientes epilépticos. Crises parciais complexas compreendem aproximadamente 30% de todos casos. (Alexandre Rivero)


Diagnóstico
Normalmente  o dignóstico é presumido quando o animal tem uma crise compulsiva geralmente entre os 6 meses e os 6 anos de idade recorrente, embora ocasionalmente possa ocorrer em idade tão precoce como aos 3 meses de idade. Quanto mais cedo o cachorro apresentar o quadro de epilpsia, retirando dessa estátistica quadros por trauma ou hipoglicemia, maior as chances de ser um ataque epilético idiopático. Isso se deve pelo fato da patologia ser muitas vezes hereditária. Cachorros com quadros epiléticos acima dos 6 anos de idade tendem a ter como diagnóstico um tumor cerebral.
Alguns estudos efetuados por Von Klopmann et al. (2006) testou-se a hipótese de que a epilepsia idiopática tem influência nas concentrações das hormonas da tiróide. No estudo concluiu-se que  há uma correlação significativa entre a frequência das convulsões  e as concentrações plasmáticas dos hormonios da  tireoide.
O diagnóstico desta patologia pode ser feito através de um Eletroecefalograma (EEG) que apresenta uma informação  gráfica da atividade elétrica do cérebro. Neste exame procura-se picos ondulatórios anormais e esporádicos na area da convulsão. Porém esse procedimento é pouco utilizado no meio veterinário.

Tratamento
O melhor a se fazer antes de se iniciar a medicação é não estimular situações que possam causar a epilepsia. Como por exemplo a privação do sono. Além disso os veterinários desaconselham a medicação recorrente, salvo casos de grande frequencia de ataques, pois pode causar problemas hepáticos.
Fontes;
Epilesia em animais de companhia » Clique e veja o trabalho
E aqui termina a série de três posts sobre problemas neurológicos
Acompanhe os outros dois post's acessando aqui
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