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23 de dezembro de 2015

Como introduzir um cachorro adotado no convívio de uma criança




A três anos escrevi uma série de textos sobre como ter cachorros e crianças convivendo em harmonia. Decidi reescreve-los. Semana passada falei sobre como introduzir filhotes no meio familiar, hoje o assunto é sobre os cuidados que os pais deverão ter quando decidirem adotar um cão já adulto para o convívio entre seus pequenos.


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Lição de cidadania
A população canina brasileira continua crescendo desenfreadamente. É comum vermos cães abandonados nas ruas, desde os sem raça definida até os de raça pura. O ato de adotar um cachorro abandonado é louvável e os pais dão uma lição de cidadania para suas crianças. Um cão adotado é grato ao seu protetor pelo resto da vida. O importante antes de adotar é saber das necessidades que o cachorro terá para que o convívio familiar seja o melhor possível.
Sobre as necessidades especiais do novo amigo.
Muitos cães abandonados têm em sua vida muito dor e por isso sofrem traumas difíceis de explicar. É importante que procuremos saber mais sobre as suas necessidades. É comum em locais ou sites de adoção ter uma breve descrição do temperamento do cão e de suas necessidades especiais. Cachorros mais agressivos geralmente não são postos para a adoção. Entretanto, quando temos uma criança no meio fazer uma pesquisa nunca é demais.
 Para ter um cachorro saudável e de temperamento tranquilo eles precisam de espaço para seus exercícios. Cachorros grandes necessitam de um espaço físico maior, ou seja, se você mora em apartamento considere um cachorro de médio/pequeno porte para a adoção.
 O cachorro ideal é aquele que você, com uma pesquisa previa, nesses casos, sabe ser de temperamento dócil. Não vale o risco adotar cachorros agressivos tendo crianças em seu convivo. Uma dica é ratear os cães considerados adotáveis aos olhos dos pais e fazer a criança interagir no processo de adoção. Além de ensinar valores muito importantes para sua vida, faz com que ela se mostre responsável, daqui por diante, pelo seu bem estar identificando-se com a historia de vida do cão. Essa é uma boa hora para conversar sobre alguns temores compulsivos, mais comuns em cães abandonados.
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Muitos podem apresentar posteriormente ter medo compulsivo como vassoura, barulhos estranhos e até molhos de chave tilintando tornando-o, por vezes, agressivo. O importante nesses casos não estimular este tipo de comportamento, instruir a criança a não mexer nesses objetos em particular e procurar tratamento profissional para resolver esses problemas.
O poder da conscientização
É importante conversar com a criança antes de ter um animal em casa, como já vimos no texto anterior "Crianças e Filhotes". A conversa é de forma branda, onde ela entenda quais serão condições de respeito dela para o cão e vice versa. Num primeiro momento é imprescindível que os pais estejam juntos no convívio analisando qualquer comportamento anormal entre os dois. Caso eles tenham alguma insegurança, exercícios para testar a animosidade do cão podem ser feitos para ver se ele reage a alguns estímulos. Estímulos estes que as crianças por vezes vão ativar – procure sempre um especialista. Abraçar o cão, utilizar bonecos e correr ao redor dele para ver como reage  são exercícios ideias para determinar como será o convívio familiar. Por exemplo: Se, ao você correr ao redor do animal, ele reagir de forma amendontrada o melhor é instruir o seu filho a não correr na presença do recem chegado. Da mesma forma com os outros exercícios. Nesses casos, como já aconselhei, uma ajuda profissional presencial é importante para trabalhar mente do cachorro.
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Cães mais velhos, tendem a "educar"  a criança por meio de pequenas mordiscadas quando vê algum comportamento inaceitável ao seus olhos. É  dever dos pais adestrar o cão a não o fazer, mas jamais usando de violência.  Técnicas de reforço positivo são as melhores maneiras de lidar com essa situação.
O que deve ser ensinado há criança:
  • Não amassar / agarrar / ou segurar o cão pelo rabo
  • Não gritar perto do cão
  • Num primeiro momento não ficar com o cachorro sem companhia de um adulto
  • Não deixar o cachorro "montar" em cima dela
  • Não deixar o cachorro morder, mesmo de brincadeira Nunca demonstrar medo perto do cão.
Parecem medidas rígidas, mas lembre-se que com crianças todo o cuidado deve ser tomado.

Obrigado a todos que tiveram paciência de ler até o final. Critiquem e dêem sugestões :D