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6 de julho de 2011

Série: Como ter cachorros e crianças convivendo em Harmonia – Adotando um cão adulto



Olá hoje continuamos a série “Crianças e Cachorros”. Obrigado a todos que continuam lendo! Hoje vamos falar dos cuidados que os pais deverão ter quando decidirem adotar um cão já adulto para o convívio entre seus pequenos.
A população canina brasileira continua crescendo desenfreadamente. É comum vermos cães

abandonados na rua, desde os SRD (sem raça definida) até os de raça pura. O ato de adotar um cachorro abandonado é louvável e os pais dão uma lição de cidadania para suas crianças. Um cão adotado é grato ao seu protetor pelo resto da vida. O importante antes de adotar é saber das necessidades que o cachorro terá para que o convívio familiar seja o melhor possível.

Sobre as necessidades especiais do novo amigo.
Muitos cães abandonados têm em sua vida muito dor e por isso sofrem traumas difíceis de explicar. É importante que procuremos saber mais sobre as suas necessidades. É comum em locais ou sites de adoção ter uma breve descrição do temperamento do cão e de suas necessidades especiais. Cachorros mais agressivos geralmente não são postos para a adoção. Entretanto fazer uma pesquisa sempre é bom.Crianca e cachorro
 Para ter um cachorro saudável e de temperamento tranquilo eles precisam de espaço para seus exercícios. Cachorros grandes necessitam de um espaço físico maior, ou seja, se você mora em apartamento considere um cachorro de médio/pequeno porte para a adoção.

 O cachorro ideal é aquele que você, com uma pesquisa previa, sabe, é de temperamento dócil. Não vale o risco adotar cachorros agressivos tendo crianças em seu convivo. Uma dica é ratear os cães considerados adotáveis aos olhos dos pais e fazer a criança interagir no processo de adoção. Além de ensinar valores muito importantes para sua vida, faz com que ela se mostre responsável, daqui por diante, pelo seu bem estar identificando-se com a sua historia. Essa é uma boa hora para conversar sobre alguns temores compulsivos, mais comuns em cães abandonados.
Muitos podem apresentar posteriormente ter medo compulsivo como vassoura, barulhos estranhos e até molhos de chave tilintando tornando-o, por vezes, agressivo. O importante nesses casos não estimular este tipo de comportamento, instruir a criança a não mexer nesses objetos em particular e procurar tratamento profissional para resolver esses problemas.

O poder da conscientização
É importante conversar com a criança antes de ter um animal em casa, como já vimos no texto anterior “Crianças e Filhotes”. A conversa é de forma branda, onde ela entenda quais serão condições de respeito dela para o cão e vice versa. Num primeiro momento é imprescindível que os pais estejam juntos no convívio analisando qualquer comportamento anormal entre os dois. Caso eles tenham alguma insegurança, exercícios para testar a animosidade do cão podem ser feitos para ver se ele reage a alguns estímulos. Estímulos estes que as crianças por vezes vão ativar – procure sempre um especialista. Exercícios como o uso de bonecas, abraços apertados e correrias. É importante; Nunca machuque o cão. Por mais, deve-se evitar a demonstração de carinhos extremos.
Cães mais velhos, diferentemente dos filhotes, tendem a “educá-la” por meio de pequenas mordiscadas quando vê algum comportamento inaceitável. É de dever dos pais educarem o cão a não o fazer, mas jamais usando de violência. É importante mostrar ao cão nesses casos que o líder da matilha é você. Técnicas de reforço positivo são as melhores maneiras de lidar com essa situação.
Em qualquer matilha, todos os adultos são responsáveis pela educação e proteção dos filhotes. Quando um adulto quer reprimir um filhote – para que ele pare qualquer comportamento impróprio – ele pressiona seus dentes sobre o focinho do filhote. Esta pressão é leve, pois a intenção aqui é conter o filhote, e não machucá-lo. Quando cessa tal comportamento a mordida também acaba. Da mesma forma, podemos ter nosso cão tentando evitar que o bebê se exponha ao perigo, ou mesmo que a criança aprenda a lidar com o cão de forma mais gentil. (Dog Times)
O que deve ser ensinado há criança:
·         Não amassar / agarrar / ou segurar o cão pelo rabo
É importante para não instigá-lo a sua autodefesa. Essas mordidas têm um tom de “você esta me machucando” e vai do bom senso educá-la para não o fazer. 

·         Não gritar perto do cão
Gritos de crianças costumam incomodar os cachorros. Isto se deve ao seu alto poder de audição.
Muitos cachorros sofreram maus tratos até chegarem ao ponto de serem adotados, são geralmente muito calmos e por isso gostam de silencio. 

·        Num primeiro momento não ficar com o cachorro sem companhia de um adulto
Aqui o objetivo é ver como os dois irão se comportar antes de se assegurar que nada ira acontecer. 

·         Não deixar o cachorro “montar” em cima dela
A monta pode significar uma dominância por parte dele a criança. Isto não deve ser tolerado. 

·         Não deixar o cachorro morder, mesmo de brincadeira
Do mesmo jeito da monta; o morder pode ser significado como disputa por espaço e também não deve ser tolerada. 
·         Nunca demonstrar medo perto do cão
Demonstrar medo é dizer que ele está em perigo ativando seu pensamento de autodefesa. 
Parecem medidas rígidas, mas lembre-se que com crianças todo o cuidado deve ser tomado.

Obrigado a todos que tiveram paciência de ler até o final. Critiquem e dêem sugestões :D