O empresário e adestrador de cães Mauro César Barbosa, de
42 anos, ensinou o filho de quatro anos de idade a interagir com pit bulls. O
objetivo é demonstrar que os cães dessa raça não são violentos por natureza
como muitos imaginam, segundo ele.
O menino Vinícius brinca normalmente com a
cadela Nina e diz não se preocupar com o risco de mordidas. "Eu não tenho
medo de cachorro, eles nem machucam", conta o garoto.
Na opinião de Mauro, que é dono de um canil em Campo
Grande, os cachorros só se tornam violentos por causa do tratamento dado pelos
proprietários. Ele mesmo já foi atacado por um cão de grande porte, há dois
anos. O descuido ocorreu com um rottweiler que estava hospedado no canil. No
braço direito, as marcas do ataque: 38 pontos e a perda da articulação no
polegar.
"Em geral, com até um ano de idade o cachorro tem a
sua índole formada. Os donos nunca podem ensinar brincadeiras maldosas.
Precisam dar carinho, atenção, uma ração de qualidade, levar para
passear", explica Mauro.
Vinícius aprendeu a dar alguns comandos aos animais do
canil, como sentar, deitar e fingir-se de morto. O menino brinca com cachorros
bem maiores do que ele, como o rottweiler Thor e o pastor alemão Shadow. O pai
sabe que os cães podem mudar o temperamento quando estão se alimentando ou em
época de cio, mas reforça ao filho que os animais devem ser tratados com
respeito.
"Acho que falta responsabilidade das pessoas que
pegam pit bulls ou outros cães de guarda para criar. Tem gente que dá comida
com pimenta, ou coloca um pneu para o cachorro atacar. Tudo vai da criação.
Esses animais, se bem tratados, são ótimos companheiros", diz o
empresário.
Fonte: G1