O Globo Repórter da última sexta-feira, dia 14/05, mostrou como os animais estão cada vez mais humanizados e espertinhos. A jornalista Rosane Marchetti, da RBS TV, tem adoração por bichos e foi a algumas casas para conferir se tudo que ela estava ouvindo era verdade. Afinal, tem coisas que a gente só acredita vendo…
Você sabia que tem um cãozinho muito simpático na Restinga Seca que ajuda o dono na oficina mecânica e entende mais de cem palavras em português e alemão?
17 de maio de 2010
13 de maio de 2010
Extermínio de cães e gatos causa alerta em cidade do interior de SP
Extermínio de cães e gatos causa alerta em cidade do interior de SP
O último assassinato registrado em Sales Oliveira, no interior paulista, a 50 km de Ribeirão Preto, ocorreu há mais de dois anos. Desde o final de março, no entanto, um suposto “serial killer” age na cidade sem que a polícia tenha qualquer pista de sua identidade. Nesse período, o assassino já causou 35 mortes e deixou os pouco mais de 8 mil moradores do local em alerta. Suas vítimas: cães e gatos.
Pouco importa se eles são de rua ou têm donos. O “serial killer” não faz distinção. O único padrão é o veneno escolhido para causar as mortes: o carbamato, popularmente conhecido como chumbinho e que tem sua venda proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No último final de semana, dez animais foram mortos desta forma – o que gerou ainda mais tensão entre os moradores que têm animais em suas casas.
Entre a quinta-feira (6) e o sábado (8), a única veterinária da cidade atendeu cinco cachorros envenenados em sua clínica. “Todos tinham sido envenenados com chumbinho”, afirma Angélica Bezzan. “Atendi esses cinco porque os donos trouxeram rápido, mas a grande maioria nem cuida e deixa morrer na rua mesmo.”
Mais difícil do que a missão do único investigador da Polícia Civil de Sales Oliveira é não encontrar cachorros andando pelas ruas aos bandos. Muitos deles têm donos, mas são criados livremente. E essa pode ser a principal causa dos assassinatos. “A cidade é pequena e muitos moradores reclamam que os cães saem das casas”, diz Mirella Granville, ativista dos direitos dos animais. “Não temos uma contagem certa além desses 35 porque muitos morrem pelas ruas e a Vigilância Sanitária recolhe e leva para o lixão.”
Dentro de casa
Ela afirma que antes as mortes aconteciam durante a noite. Agora, os casos começaram a acontecer em plena luz do dia, dentro dos quintais das casas de Sales Oliveira. Assim foi com Cisca, uma vira-lata pequena e franzina que era criada ao lado de Roger, um cão da raça fila que escapou da morte por ser bem maior que sua companheira e por ter conseguido vomitar o veneno.
Há um mês, numa segunda-feira, às 16h, a cabeleireira Elita Rodrigues Melo, de 26 anos, estava na porta da cozinha de sua casa quando viu Cisca correr para o fundo do quintal. “Quando ela voltou já estava tonta, começou a babar e a se debater”, diz. “Olhei para o Roger e ele estava com os mesmos sintomas.”
Meia hora depois, foi a vez de Julinha, uma cadela basset hound, da vizinha de Elita começar a passar mal. “Dei falta dela e quando fui até a calçada ela estava lá morrendo”, conta a dona de Julinha, Fernanda Regia Lima Guim, de 35 anos.
Quatro dias depois, Pitoco, outro cachorro da vizinhança, também teve o mesmo fim. “Aconteceu do mesmo jeito da Julinha”, diz sua dona, Suzimara Cristina de Oliveira, de 17 anos.
Nenhuma delas fez boletim de ocorrência, o que leva os moradores de Sales de Oliveira a suspeitar que o número de mortes possa ser bem maior do que os 35 casos. “Não fiz o B.O. porque não ia dar em nada mesmo”, diz Fernanda. “A gente fica com medo porque ele joga o veneno dentro do quintal e uma criança pequena, como a minha, pode pegar e colocar na boca”, complementa Elita.
Apenas dois boletins de ocorrência foram registrados na delegacia neste ano apontando a morte de cachorros. Oficialmente a polícia só tem informações de quatro casos apontados por essas ocorrências. Quem os registrou foi a inspetora escolar Izilda de Jesus Correa, de 51 anos.
Acostumada a percorrer os açougues da cidade em busca de retalhos de carne para alimentar os cachorros de rua, e a “pendurar” no caderninho que mantém na farmácia remédios para sarna e machucados, no dia 27 de abril ela saía da escola quando encontrou os quatro cachorros mortos. Foi até sua casa buscar gelo para conservar os corpos dos animais e quando voltou a Vigilância Sanitária já tinha levado as carcaças para o aterro sanitário. “Fui até lá, no meio do lixo, peguei os corpos mandei para Franca para fazer a necropsia”, diz.
O resultado chegou poucos dias depois. O laudo é claro e aponta que os cães tinham em seus estômagos uma mistura de salsicha e chumbinho.
Problema público
Mirella afirma que foi preciso ir à prefeitura e reclamar para que os cães mortos parassem de ser levados para o aterro sanitário da cidade. “Isso não pode acontecer porque o chumbinho é altamente tóxico e leva cerca de três anos para se degradar no solo a céu aberto”, diz.
A ativista reclama da forma como a administração municipal vinha tratando do problema em que se transformou os cachorros soltos pelas ruas. “Não temos um centro de zoonoses, então a Vigilância Sanitária recolhia os cachorros da rua e afirmava que levava para uma fazenda em Franca”, diz ela.
Um lei estadual de 2008 criou a figura do “cão comunitário” – de acordo com a definição: aquele que estabelece com a comunidade em que vive laços de dependência e de manutenção, embora não possua responsável único e definido.
De acordo com a lei, o animal reconhecido como comunitário “será recolhido para fins de esterilização, registro e devolução à comunidade de origem, após identificação e assinatura de termo de compromisso de seu cuidador principal.”
Dessa forma, a vigilância sanitária da cidade não poderia recolher os cães e levá-los para outro local sem devolvê-los. Foi então que o problema começou, diz Mirella. “Reclamamos com a vigilância e eles pararam de recolher os animais. Pouco tempo depois, a matança começou”, revela a ativista. “Acho que existe uma orientação para isso, mas não sei de quem.”
Procurado pela reportagem, o prefeito de Sales Oliveira, João Jeremias Garcia Filho (PSDB) diz que os cachorros que eram recolhidos das ruas da cidade eram somente aqueles que podiam causar riscos aos moradores. “Casos de pessoas que são atacadas também acontecem”, diz ao seu lado, a nora do prefeito, Maria Luiza da Silva, que tem 14 cachorros e viu uma de suas cadelas ser morta no último mês. “Ela era uma mistura de rottweiler com pit bull, mas era muito mansa.”
Garcia Filho, que está em seu segundo mandato, se diz preocupado com a situação e afirma ter mandado um ofício para o delegado local “para que ele se empenhe em resolver essa situação que é um absurdo.” “O importante é que se pegue essa pessoa de uma vez por todas”, afirma o prefeito. “Mandei o ofício para o delegado para tentar prender esse cara, sem contar que é uma propaganda negativa da cidade.”
Até isso acontecer os moradores de Sales Oliveira continuam com medo e tratam de prender seus cães. Na casa da fonoaudióloga Christianne Roso da Silva Miotto, os três cães foram colocados dentro de um cercado improvisado numa área do quintal distante do muro. “Não deixo mais eles soltos no quintal de jeito nenhum e rezo bastante para que esse absurdo termine logo”, desabafa.
11 de maio de 2010
Cão revolucionário vai a todas as manifestações em Atenas
"O homem é um animal político", já dizia o filósofo grego Aristóteles. E lá na Grécia o melhor amigo do homem também é político. Um cachorro em Atenas tem chamado a atenção do mundo por não perder nenhuma manifestação.
A terra da democracia está em crise econômica. Até o Brasil mandou um "din-din" para ajudar os amigos helênicos. E o povo está nas ruas querendo uma solução. Manifestações quase que diárias acontecem no país.
Em Exarcheia, bairro tradicional na região central de Atenas e palco de muitas manifestações, um cachorro "rebelde" se destaca nos protestos contra a polícia e brinca com os manifestantes desde 2008.
A mídia mundial tem dado espaço para o participativo animal, mas também tem confundido ele com outro cachorro ateniense: Kanellos. Em 2008 o Kanellos também frequentava as manifestações em Atenas, mas morreu no mesmo ano.
Quando o povo passando perrengue é o mesmo que inventou o sistema "democrático" que todo o ocidente segue, é sinal de que alguma coisa não está bem. Até os animais já perceberam e estão tentando ajudar a galera!
Video:
10 de maio de 2010
Os diagnósticos e tratamentos de ponta que salvam vidas
Os diagnósticos e tratamentos de ponta que salvam vidas
nos hospitais chegam às clínicas veterinárias. Os donos de cães
e gatos desembolsam fortunas para tratar de seus bichos de estimação.
O boxer Apolo, de 7 anos, submete-se a um exame de holter por telemetria, que analisa o funcionamento do coração por 24 horas e detecta possíveis disfunções. São comuns na raça as doenças do coração. A própria mãe de Apolo morreu aos 9 anos com arritmia. "Não quero perder o Apolo da mesma maneira, por isso estou me precavendo", diz a paulistana Valéria Loureiro, sua dona. Os exames de Apolo não acusaram nada.
Não faz muito tempo, o destino de um cão velho ou doente era a morte rápida. O dono sabia que os recursos veterinários eram escassos e se resignava à ideia de que era melhor sacrificar o animal do que deixá-lo sofrer. Não é mais assim. No ano passado, as famílias brasileiras gastaram 696 milhões de reais com consultas, medicamentos e vacinas para seus animaizinhos. Essa soma é equivalente ao faturamento anual dos maiores hospitais particulares do país. Os cuidados com os bichinhos de estimação chegaram a uma nova e extraordinária fronteira - a dos serviços veterinários de altíssima qualidade. Para o rápido entendimento do que isso significa na prática, recomenda-se pensar na tecnologia de diagnóstico e tratamento oferecida pelos bons hospitais brasileiros. Se o equipamento estiver sendo oferecido aos pacientes humanos, é muitíssimo provável que também esteja disponível para cães e gatos, especialmente nas capitais do Sudeste. Um aparelho de tomografia computadorizada ou de ressonância magnética instalado numa clínica veterinária pode significar a diferença entre a vida e a morte de um bichinho de estimação.
O Brasil abriga o segundo maior contingente de cães e gatos domésticos do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. A relação estatística entre a população humana e a canina é igualmente grande. Na média, existe um cão e meio para cada lar brasileiro que cria o animal. Já a distribuição regional é desigual. Há mais bichos de estimação no Sul e no Sudeste, onde estão os estados mais ricos, e menos no Nordeste e no Norte, onde ficam os mais pobres. Nas grandes cidades com predomínio da classe média, como Campinas, Curitiba e Porto Alegre, o total de domicílios com algum animalzinho de estimação ultrapassa 50%. Há no Brasil 45.000 pet shops, as lojas que oferecem toda sorte de mimo para os animais, de banho e corte do pelo até brinquedos e roupas. O mercado de serviços e produtos para bichos de estimação é de 9 bilhões de reais por ano, o equivalente ao faturamento do comércio eletrônico no país. Em termos mercadológicos, pode-se dizer que os donos com mais dinheiro estão dispostos a gastá-lo para proporcionar uma vida de cão saudável e confortável.
A cadela Pink, uma pinscher de 9 anos, foi tratada com medicamentos para amenizar a dor causada pelo que os veterinários de Santos, no litoral paulista, acreditavam ser uma hérnia de disco. Como o tratamento não surtia efeito, ela foi levada para São Paulo e submetida a uma tomografia computadorizada. O diagnóstico: um tumor de difícil detecção na segunda vértebra cervical. "Há um ou dois anos, esse diagnóstico nem sequer seria possível", diz o veterinário André Fonseca Romaldini, do Hospital Veterinário Santa Inês, de São Paulo, que realizou o exame de Pink. A história, infelizmente, tem final triste. O diagnóstico chegou tarde demais para salvar a vida da cachorra.
Cães e homens vivem uma longa história de afeição mútua. Estudos genéticos recentes concluíram que a parceria começou 14 000 anos atrás, no Oriente Médio. O antepassado do cão foi um lobo atraído pela facilidade de se alimentar dos restos largados em torno das habitações humanas. O relacionamento, no início, foi utilitário para ambos. O cão guardava a aldeia e ajudava nas caçadas. Em troca, era alimentado e protegido de predadores. No caso dos gatos domésticos, todos eles descendentes da única espécie de felino que se deixou domesticar, a troca incluía controlar os ratos que atacavam os estoques de comida e transmitiam doenças. Não se sabe em que momento começou a despontar o vínculo emocional que nos liga a cães e gatos – mas é razoável supor que foi um caso de amor desde o início. O tipo de cão original, o primeiro a conviver com o homem, não existe mais. Todas as raças atuais (há mais de 500 reconhecidas pelo Kennel Club brasileiro) são o resultado da seleção artificial conduzida pelo homem. O resultado foram animais de todos os tamanhos e temperamentos – e uma enorme quantidade de doenças genéticas e deficiências físicas que tornam nosso melhor amigo um candidato a paciente crônico.
O boxer é um exemplo. Essa raça de cães amáveis com as crianças é particularmente suscetível a males cardíacos. Exames veterinários periódicos são necessários para fazer soar o alarme a tempo. Apolo é um boxer de 7 anos, cuja mãe morreu de arritmia cardíaca em 2008. A dona do cão, a paulistana Valéria Loureiro, o leva periodicamente ao veterinário. Da última vez, Apolo teve seu sistema cardiovascular monitorado durante 24 horas por um aparelho de holter por telemetria. "Em casa, tive de anotar os horários em que ele comia, dormia e brincava, para que o médico pudesse interpretar o exame", diz Valéria. Os resultados não mostraram nenhuma alteração relevante no coração de Apolo. O holter por telemetria começou a ser usado na veterinária apenas no ano passado. Em algumas cidades já existe a UTI móvel veterinária. Dois meses atrás, a curitibana Dione do Rossil Lobo encontrou a cachorrinha Bjori, yorkshire de 8 anos, desmaiada na cama em decorrência de uma picada de abelha. Era tarde da noite e Dione preferiu chamar a ambulância. Menos de dez minutos depois, Bjori já estava dentro da UTI móvel, respirando com a ajuda de tubos de oxigênio. "Tenho certeza de que, se não fosse o atendimento de emergência, teria perdido minha princesinha", diz Dione.
Socorro sobre rodas
A cachorra Bjori na UTI móvel do Hospital Veterinário Batel,
de Curitiba: sua dona, a artesã Dione do Rossil Lobo,
encontrou-a desmaiada e o socorro chegou em dez minutos.
"Foi o pronto atendimento que a salvou", diz Dione.
Há um procedimento médico em que os animais estão alguns passos adiante de seus donos: o uso de células-tronco. Por não lidarem com seres humanos, os veterinários têm maior autonomia nas experiências com seus pacientes. Há quatro anos a empresa paulistana Celltrovet faz uso comercial dessa técnica terapêutica. Células-tronco retiradas do tecido adiposo de animais são empregadas para tratar fraturas, fissuras, lesões de ligamento, deficiências na medula e insuficiência renal. A gata Ariel, de 9 anos, faz o tratamento para insuficiência renal. Até agora, foram quatro sessões. O resultado? A doença se estabilizou. "O rim, que estava atrofiando, parece até ter aumentado de tamanho", diz o dono, o analista de sistemas paulista Roberto Hideo Sampaio. A medicina veterinária já conseguiu ir mais longe do que a medicina humana também em algumas vacinas. Hoje, usando a moderna técnica da recombinação genética, já é possível vacinar gatos contra uma modalidade de aids e outra de leucemia que atacam apenas os felinos.
A ampliação dos tratamentos oferecidos aos animais domésticos tem reflexos também na formação dos médicos. Até pouco tempo atrás, a especialização de um veterinário era uma só: clínica geral. Hoje, por meio de mestrados e doutorados, os veterinários buscam especializações em diversas áreas, como na medicina humana. Os melhores hospitais veterinários do país já têm em suas equipes cardiologistas, oftalmologistas, dermatologistas e radiologistas, entre outras especialidades. É o caso do paulistano Mário Marcondes, de 34 anos, que cursou mestrado e doutorado em cardiologia. "Há anos a medicina veterinária serve como base para estudos da medicina tradicional. A diferença, hoje, é que a pesquisa em veterinária também cresceu muito e a troca de informações favorece ambas as áreas", diz Marcondes. Nos Estados Unidos, há muito tempo os hospitais fazem convênios com faculdades e hospitais veterinários em busca de novos conhecimentos, diagnósticos e tratamentos que possam ser aplicados também em seres humanos.
Tumor raro
A cachorra pinscher Pink, de 9 anos, passa por uma tomografia computadorizada. Durante meses ela foi tratada de uma hérnia de disco. Como a medicação não surtiu efeito, seu dono, o paulista Luiz Fernando Tavares, procurou um novo diagnóstico. O exame revelou um tumor raro, localizado na vértebra da cadela, que precisaria ser operada com urgência. Ela morreu há duas semanas. "Isso mostra como os novos diagnósticos veterinários são importantes", diz Luiz. "Se o exame tivesse sido feito antes, talvez eu não a tivesse perdido"
Nos últimos anos, surgiram no Brasil os planos de saúde para animais. Eles funcionam da mesma maneira que os planos convencionais, com uma rede credenciada de médicos e hospitais – mas incluem pet shops. As mensalidades variam de 40 a 300 reais. Os mais caros preveem até atendimento de emergência. Os planos são vantajosos para quem tem mais de um animal em casa e costuma levá-los com frequência ao veterinário, já que uma consulta, hoje, custa entre 60 e 300 reais. Os planos de saúde para animais, contudo, enfrentam alguns problemas. O primeiro deles é o mercado restrito. Poucos donos de cachorros e gatos se preocupam em levá-los periodicamente ao veterinário. O segundo problema é a facilidade de fraudar o sistema, usando o mesmo credenciamento para vários animais. Embora muitos donos consigam achar mil e uma diferenças entre cachorros da mesma raça, um rottweiler pode passar facilmente por outro. A única maneira de combater essas fraudes seria inserir um chip no animal segurado. Em pesquisas feitas pelos planos, no entanto, a ideia foi rechaçada pelos donos, que consideraram o procedimento muito invasivo.
Os animais de estimação muitas vezes preenchem as lacunas afetivas de seus donos. Protegê-los e cuidar deles para que não sofram e vivam por mais tempo faz parte dessa amizade ancestral. Os novos tratamentos veterinários podem prolongar a vida de cães e gatos, mas, evidentemente, não revertem o fato de que eles vivem bem menos que seus donos. Até para os momentos de tristeza pela morte do animal algumas clínicas veterinárias estão hoje preparadas – contam com uma equipe de psicólogos para prestar apoio à família. A eutanásia ainda é muito comum no universo veterinário, quando todas as tentativas de salvar o animal falham ou deixam de surtir efeito. "É uma atitude de amor, uma escolha do dono de cessar o sofrimento do bichinho", diz a veterinária e psicóloga paulistana Hannelore Fuchs. Até chegar esse momento extremo, os donos não medem esforços para prolongar a vida de seu amigo peludo.
Força, Rock
O pastor-alemão Rock, de 9 anos, que vive no Rio de Janeiro, tem há seis meses uma síndrome neurológica conhecida como cauda equina. Ela dificulta os movimentos das patas traseiras e pode provocar paralisia. Há dois meses o cachorro se submete três vezes por semana a fisioterapia, que inclui sessões na esteira subaquática para a manutenção de seu tônus muscular. O tratamento também é indicado para cães com obesidade, males da tireoide, problemas cardíacos e diabetes. "A fisioterapia pode prolongar a vida do animal em até quatro anos", diz o veterinário Guilherme de Carvalho.
Só quatro injeções
A gata Ariel e seu dono, o analista de sistemas paulista Roberto Hideo Sampaio. Ela foi diagnosticada com insuficiência renal no início do ano passado. Roberto não se conformou em tratá-la apenas com soroterapia, que melhora a hidratação do animal. Pesquisou alternativas na internet e descobriu o novo tratamento com células-tronco. Com apenas quatro injeções, o quadro da gata já melhorou. "O tratamento não promete a cura, mas a doença já estacionou", diz Roberto
A gata Ariel e seu dono, o analista de sistemas paulista Roberto Hideo Sampaio. Ela foi diagnosticada com insuficiência renal no início do ano passado. Roberto não se conformou em tratá-la apenas com soroterapia, que melhora a hidratação do animal. Pesquisou alternativas na internet e descobriu o novo tratamento com células-tronco. Com apenas quatro injeções, o quadro da gata já melhorou. "O tratamento não promete a cura, mas a doença já estacionou", diz Roberto
CREDITOS TOTAIS: REVISTA VEJA
Porquinho treina junto com cães na Austrália
A exemplo do ocorre no filme Babe, o Porquinho Atrapalhado, uma leitoa de três meses está sendo treinada com cães em uma cidade na Austrália.
Gidget pertencia à Associação de Cães da Austrália, em Mareeba, no nordeste do país, onde faz parte dos treinamentos de um grupo de dez cães.
Ela foi comprada pelo casal Sarah e Lester Plowman, para ser dado como presente ao filho Augustine.
"Eles vão crescer juntos e se tornar amigos", disse Sarah ao jornal The Cairns Advertiser.
Para Sarah, Gidget "acha que é um cachorro". "Mas ela tem um cheiro diferente e solta grunhidos em vez de latir", disse ela.
A treinadora, Liz Oeham, disse que sempre quis treinar um porco. Ela acredita ainda que o animal pode ajudar a ensinar cães a se concentrarem e ignorarem distrações.
Segundo Liz, porcos já foram usados no treinamento de outros animais, mas na Austrália essa seria a primeira vez que um leitão treinou com tantos cães.
Gidget entende que há tempo de descanso e hora de brincar, e se comporta diferente quando tem que treinar com os cães, explica Sarah.
O porquinho gosta de comer melão, grãos e leite. Ele divide a casa e a atenção dos donos com uma égua, um pônei, um galo e um cabrito. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.
Gidget pertencia à Associação de Cães da Austrália, em Mareeba, no nordeste do país, onde faz parte dos treinamentos de um grupo de dez cães.
Ela foi comprada pelo casal Sarah e Lester Plowman, para ser dado como presente ao filho Augustine.
"Eles vão crescer juntos e se tornar amigos", disse Sarah ao jornal The Cairns Advertiser.
Para Sarah, Gidget "acha que é um cachorro". "Mas ela tem um cheiro diferente e solta grunhidos em vez de latir", disse ela.
A treinadora, Liz Oeham, disse que sempre quis treinar um porco. Ela acredita ainda que o animal pode ajudar a ensinar cães a se concentrarem e ignorarem distrações.
Segundo Liz, porcos já foram usados no treinamento de outros animais, mas na Austrália essa seria a primeira vez que um leitão treinou com tantos cães.
Gidget entende que há tempo de descanso e hora de brincar, e se comporta diferente quando tem que treinar com os cães, explica Sarah.
O porquinho gosta de comer melão, grãos e leite. Ele divide a casa e a atenção dos donos com uma égua, um pônei, um galo e um cabrito. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.
'Cães terapeutas' ajudam a tratar depressão e Alzheimer
O boxer Napoleão recebe carinho dos idosos.
Idosos com Alzheimer, portadores de necessidades especiais, além de crianças e adultos com depressão podem obter avanços no quadro clínico graças ao contato com cães. A afirmação é da ONG Pêlo Próximo - Solidariedade em 4 patas”, que utiliza a chamada "pet terapia" (terapia realizada com a presença de animais) para ajudar no combate a doenças e ainda estimular o respeito ao animal.
São 23 “cães terapeutas”, de diferentes raças, e 35 voluntários no projeto, entre veterinário, adestrador, fonoaudiólogo, psicólogo, fisioterapeuta, acupunturista e terapeuta ocupacional. De acordo com a psicóloga e coordenadora do grupo, Roberta Araújo, os animais realizam atividades para trabalhar o raciocínio, como a escovação, exercícios com arco, boliche e futebol, além da apresentação de shows dos cães.
“A vantagem do cão é que o amor dele é incondicional. Para ele não tem preconceito. Em visitas a idosos, você vê um idoso que não levanta a mão pra pegar um copo de água, mas ele abaixa o tronco pra fazer carinho no cachorro, ele penteia o cachorro, que é um exercício de extensão dos membros. Se é cadeirante, é um tipo de exercício, se é idoso, é outro”, explica Roberta.
Para as crianças, há ainda o “pet health”, quando os cães viram os pacientes e os pequenos, os médicos. “Eles escutam o coraçãozinho do cachorro, examinam os olhos, dão injeção com seringa sem agulha, enfaixam a patinha”, exemplifica.
Idosos com Alzheimer exercitam a memória
A poodle Babi joga boliche com uma idosa.
A assistente social Rita de Cássia Ribeiro, dona de uma clínica para idosos no Grajaú, Zona Norte do Rio, já recebeu o grupo Pêlo Próximo e faz coro com a psicóloga. “A pet terapia é uma coisa muito nova. A vigilância sanitária tem muito medo dos animais. O animal tem que estar totalmente vacinado, entre uma série de outras exigências, e tem gente que não gosta de bichos”, disse.
Para Rita, no entanto, que tem especialização em Gerontologia, os animais são extremamente importantes na recuperação de várias doenças. Segundo ela, o contato com os cães estimula o retorno ao passado para idosos com Alzheimer. Ela conheceu esse tipo de trabalho em um congresso e desde então o adota em sua clínica.
“É um trabalho maravilhoso. Tem uma senhora aqui que ela nunca sorri, e ela sorrindo pra gente com a cachorrinha menor foi fascinante. E aí eles lembram que tiveram animais, lembram do nome”, explicou ela.
Segundo ela, mesmo sabendo que poucos idosos se recordam da experiência com o grupo, os instantes de felicidade que os animais proporcionam nas visitas são compensatórios e transformadores. “É uma coisa que não abro mão”, declarou.
CREDITOS TOTAIS: G1
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